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A vida é curta

 Vida Vivida - Por Amanda Pieranti
Amigos leitores, eu tinha pensado em escrever um artigo diferente para esta semana, mas não pude deixar de manifestar minha tristeza pelas mortes de duas jornalistas, praticamente na mesma semana. A primeira, Maria Carolina Ferreira, aos 29 anos, vítima de traumatismo craniano, após ser atropelada por um motoqueiro em Niterói, no Rio de Janeiro, quando este avançou o sinal. A segunda, Déborah Fortunato, vítima de câncer, também jovem, recém casada. Ambas com carreiras brilhantes pela frente. Não as conheço, mas fiquei profundamente triste com a partida precoce das jornalistas e isso me fez pensar ainda mais sobre a vida. Quão breve ela é, não é mesmo?

Hoje estamos aqui, saudáveis, brincando, rindo com os amigos, nos divertindo com a família, na correria do dia a dia, reclamando que não temos tempo para nada e, de repente, o cara lá de cima nos convoca para apresentação imediata no céu. Minha mãe costuma dizer que quando Deus desliga a tomada, não tem jeito. E é verdade, da nossa hora, ninguém foge. Uns mais cedo, outros mais tarde, mas uma hora, vamos partir desse mundão cheio de coisas maravilhosas e outras longe disso, mas vamos partir sem no entanto desejar.

 É para essa partida que não nos preparamos e nos deixamos abater. Nós, em nossa cultura ocidental. Mas, na realidade, desde quando nascemos estamos caminhando para a chegada do fatídico dia, analisando friamente. O bom é que não sabemos. A morte é misteriosa. Mas assim a vida também o é. Mas o que fazemos dela, em geral, só nos questionamos diante de uma doença que teima em findar a nossa existência que sempre julgamos fosse longa.

Então, já que não se pode fugir ao inevitável, vivamos cada dia como se hoje fosse o último: intensamente. Não deixemos que o desânimo tome conta de nós e não reclamemos que o tempo voa. Às vezes nos chateamos por tão pouco ou mesmo não vemos saída para determinado problema, mas não lembramos que só não há jeito para morte. Para tudo mais, há.

Então, antes de se sentir derrotado ou ficar triste, pense nisso. Valorize cada segundo de sua vida. Se os segundos voam, trate de torná-los proveitosos para ontem. Ligue para aquele amigo com o qual não fala há anos. Não fique só nos contatos virtuais. Fuja da mesmice. Ouse. Tente realizar seus desejos e tire seus sonhos do papel. Faça da sua vida, viva!!!!

Aos familiares das colegas que partiram, o sincero pesar de quem sabe, exatamente, a dor de uma partida precoce. A saudade é eterna e angustiosa nos primeiros anos. Mas depois vocês as sentirão vivas dentro de vocês. E será possível resignar-se com o que não se pode mudar. As boas recordações nada nem ninguém tira da gente.

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