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ZFM: quem cala consente!

O apoio decisivo do governo Dilma, expresso na aprovação parcial dos 12% para Zona Franca de Manaus, na última votação da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, dentro do projeto de unificação do ICMS, provocou a mobilização dos Estados contra o modelo. A retaliação veio a galope, multiplicou-se em manchetes e análises nos principais jornais do país, foi às ruas em passeata e provocou a ida dos secretários de Fazenda de todo o país, incluindo antigos aliados, em romaria ao gabinete do presidente do Congresso Nacional. E certamente não vai parar, depois desses dias de idas e vindas da aprovação da MP dos Portos. As manobras de bastidores seguirão frenéticas e as pressões contra a ZFM se farão sentir em todas e próximas discussões de uma pauta que inclui a prorrogação e a ampliação dos incentivos para a Região Metropolitana de Manaus. Em todo esse imbróglio e tiroteio temos mantido um silêncio obsequioso, que permite diversas especulações e interpretações de sentido, com implicações que podem transformar as distorções disseminadas em dogmas inquestionáveis. Quem cala consente, diz a sabedoria popular. E boato, quando bem espalhado, pode correr o risco de se transformar em fato. Assim procedendo estamos aceitando, passivamente, que seja jogada toda a opinião pública nacional contra o modelo Zona Franca de Manaus. Silenciar é concordar as críticas e compactuar com ineficácia do modelo na defesa do patrimônio florestal e que, de fato, usamos dezenas de bilhões de reais da renúncia para gerar 100 mil míseros empregos entre outras obscenidades.

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