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Nélida Piñon é a primeira mulher a receber o Prêmio Cátedra Enrique Iglesias de Cultura e Desenvolvimento

A Acadêmica Nélida Piñon, ocupante da Cadeira nº 30 da Academia Brasileira de Letras, recebeu, na quinta-feira, dia 5, em Washington, o Prêmio Cátedra Enrique Iglesias de Cultura e Desenvolvimento, outorgado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e considerado a mais alta distinção da organização no âmbito cultural. Na oportunidade, afirmou que “a fusão étnica ocorrida na América, independentemente de raças, fez florescer os signos de uma cultura oriunda das fundações míticas dos ameríndios, das utopias expansionistas europeias, dos embates ocorridos entre as expressões autóctones e estrangeiras”.
A escritora reconheceu na cultura “a maravilhosa” qualidade de poder impregnar-se, através dela, “de tudo o que é humano”, mas acredita que a sociedade atual está “regida por preconceitos” que limitam a capacidade de observação. Nélida Piñon é o primeiro escritor de língua portuguesa e a primeira mulher a receber o prêmio. A Acadêmica começou seu discurso de agradecimento, elogiando o ecumenismo linguístico do Brasil, refletido na figura do jesuíta José de Anchieta, que chegou ao Brasil em 1549 e se converteu no primeiro escritor brasileiro e autor da primeira gramática guarani. “Lançou as bases do ecumenismo ao anunciar a futura propensão sincrética do povo brasileiro”.

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